Au Au

Conheço tanta gente apaixonada por cachorro que hoje resolvi falar um pouco sobre ele: o cão.  Alguns vivem quinze, às vezes vinte anos. É uma perda e tanto quando se despedem. Afinal, estão sempre por perto, abanam o rabo, pedem alguma coisa, fazem algum tipo de chantagem, exibem um cumprimento. São donos de vários brinquedos e têm até festa de aniversário, algumas vezes. Os mais paparicados usam um boné ou camiseta. Eu já vi.

Na casa do primo o Golden Retriever se julga o próprio irmão. Posa para fotos sem a menor cerimônia, está em todas que puder,  convidado ou não. Assiste aos jogos de frescobol na praia e ainda entra em lugares com um bom ar-condicionado para poder se refrescar. Sabe tudo. Aprecia, inclusive, pratos da culinária preparados especialmente para ele.

Em outro lar, a Chihuahua orelhuda e branquinha, está crescendo e nem sabe que um dia já foi chamada de filhote de morcego albino sem asa. Pura brincadeira maldosa, mas ela segue chique e original com o tamanho que a raça lhe deu. Nem mais nem menos.  Muito menos faz questão do tal e desnecessário latido. Classe total.

Um solteiro que agora resolveu ter um cachorro, estava inclinado a adquirir um Shih Tzu, mas foi convencido pela amiga veterinária que ele ficaria mais satisfeito se escolhesse um cachorro mais alegre e com mais energia. Essa pegou todo mundo de surpresa porque existe um perfil de cachorro para cada perfil de dono e do seu momento de vida. Resumo da noite: saiu da festa com uma lista de opções e com um asterisco ao lado do nome Fox Paulistinha. Eu nunca ouvi falar dessa raça, mas a ficha diz que ele é sinônimo de alegria e energia. Gosta de passear e ver a vida. Bom para os dois. Aposto!

Na casa de uma amiga, duas irmãs Dachshund, que têm uma diferença de idade de treze anos, agora não se estranham mais e já fazem uma espécie de plano de sucessão. A mais velha dá suas cochiladas enquanto a mais nova presta muita atenção a todo e qualquer movimento da casa. Participam dos eventos sociais domésticos e estiveram sempre enfeitadas com colares verde e amarelo para os jogos do Brasil. Afinal a casa é só de meninas. Charme total.

Eu ainda poderia falar de vários outros casos. Tem a família que troca de raça mas nunca o nome do cachorro. Esse permanece o mesmo. Tem ainda um que ronca e o outro que adora água de coco. Enfim, parabéns a todos esses seres que fazem parte de tantos lares e alegram tanto crianças como adultos.