Maresia

Toda vez que preciso de um empurrão, esclarecimento ou decisão vou à praia. Preferencialmente, num dia normal da semana, bem cedo, sem multidão ou concentração de qualquer natureza. Ver o céu bem azul, sentir o sol ameno, ver o horizonte a perder de vista, ouvir o barulho das ondas e pisar na areia macia são itens que somados convergem para uma conexão excepcional.

Às vezes passamos por períodos de inconsistência, incoerência e dissonância de ideias que nem mesmo nós nos toleramos. Falamos uma coisa e fazemos outra. Queremos uma coisa e nos contentamos com outra. Temos uma agenda mas não saímos do mesmo lugar. É um momento complexo mesmo. Por mais que você queira uma saída, você não vê por onde. O relógio é implacável e parece que nada substancial acontece de verdade.

Essa manhã praiana é aquela pausa para se perguntar algumas coisas (responder também, de preferência), rezar, agradecer, despertar um sentimento,  ouvir o coração. A vida é tão boa, tão maravilhosa, que existem sempre muitas coisas boas para serem feitas. Eu então, que tenho sempre várias listas prontas para conferir, não posso ficar vendo a vida passar. De repente me pergunto por onde anda aquela cidadã de tempos passados. Sei lá. De férias.

Para fechar, a gente aprende muito com os nossos enigmas e com as experiências alheias. Cada um passa por um momento na vida e depois comemora a superação de uma dificuldade, o êxito em uma empreitada ou uma guinada inimaginável. Agora, repasso uma sentença, válida em qualquer momento: a saúde é a alegria do corpo e a alegria é a saúde da alma. Alegria, minha gente!! Esse único raio de luz pode afastar muitas sombras.